quinta-feira, 12 de julho de 2012

CIDADE DOS SONHOS






CIDADE DOS SONHOS
De: Ysolda Cabral


Passeando na Cidade dos Sonhos, lugar de extrema beleza e frescor, vejo parques e avenidas verdejantes; casas com portas sem trancas, onde a vida é muito mais bonita e interessante.

O ir e vir não são proibidos, nem perigosos e nem muito menos o faz de conta. As pessoas são felizes por natureza e as aparências não enganam.

Tudo é muito puro e verdadeiro.

A poesia paira sobre a cidade... De repente cai um pedaço em minhas mãos...  Assustada, acordo.

Teu livro, que nunca li, ainda está no meu colo...

Volto a dormir embalada por lindas lembranças.

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ABAIXO  INTERAÇÃO DA TALENTOSA 
POETISA VANA FRAGA





11/07/2012 08:59 - Vana Fraga

No Jardim Da Felicidade,
Moças e Seus Amores,
Passeando Pela Cidade,

Beatas e Seus Andores,
Por Ali, Quantas Beldades,
No Livro Tecidos Em Multicores,
Havia Também Um Brinde A Amizade!!!

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Gesto mais bonito, Vana!

Obrigada!!!

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Publicado no Recanto das Letras 
Em 10/07/2012
Código do Texto :T3771198

RODOPIAR E VARRER O CHÃO



RODOPIAR E VARRER O CHÃO
De: Ysolda Cabral


Cansei de usar a música como ‘’auto-ajuda’’ nos engarrafamentos das avenidas, ruas e estradas da vida. Quero a música alta, espalhada pela casa de forma que, esteja onde estiver escute sem falhas e possa dançar, cantar e até gritar de prazer pelo dom da audição, da movimentação, da sensibilidade e da capacidade de jogar tudo para o alto e recomeçar.

Ah! Eu amo a música tanto quanto amo o Mar, a minha pequena jardineira de Hortelã e a minha filha – não sei se aqui caberia o amor também de mãe, uma vez que este é único. Mas, enfim...

Amo a música de forma tão intensa que fico indefesa e sei que ela pode me fazer sorrir, cantar, bailar e chorar de alegria, tristeza ou saudade sem nenhum pudor, isso em qualquer lugar e circunstância.

Quero escutar a música bem alta e lavar os lençóis de minha cama festejando a solidão. Depois seguir para a pia e lavar os pratos, os talheres e os copos, jogados em cima do balcão, sem ter que dá nenhuma satisfação.

Fazer da vassoura uma parceira na dança e sair com ela rodopiando e varrendo o chão.

Quero ouvir a música que me deslumbra e me faz até sentir saudades de fazer uma boa faxina. 

Nossa, meu caso é mesmo sério!

- Será de internação?

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Publicado no Recanto das Letras  em 10/07/2012
Código do texto: T3770796

terça-feira, 10 de julho de 2012

FÉRIAS E LAMENTOS


 
FÉRIAS E LAMENTOS
De: Ysolda Cabral

  
Lendo há pouco a crônica “FERONÔMIOS EM FÉRIAS”, do recantista Boanerges Corado, senti dó de mim e um tantinho de inveja do referido escritor quando comparei suas férias as minhas.  As dele, numa praia ‘’ ao norte no limite do estado de Sergipe com Alagoas no desaguar do São Francisco, conhecido como povoado Cabeço, e onde só é possível chegar lá de barco’’... 

Ah, como gostaria de passar umas férias num ligar assim!  Acordar com o canto dos pássaros, orquestrado pelas ondas do Mar...  Respirar ar puro... Caminhar na areia branca sentindo o frescor nos pés, no corpo e na alma... Mergulhar em águas límpidas, claras... Sentir toda a pureza e a grandeza da Natureza em silêncio absoluto. Naturalmente, com todos os sentidos apurados e bem definidos para não perder absolutamente nada.

E, ao invés disso estou passando minhas férias trancada dentro do meu quarto, mais precisamente em cima da cama e tendo como companhia a gripe.

- É mole?

Nem abrir a janela eu posso, pois a zoada dos carros e a terra das construções de novos condomínios e viadutos invadem, sem piedade, fazendo a gente achar que morrer seria melhor.

Até as árvores que serviam de abrigo dos pássaros da redondeza e palco para o Coral nas manhãs, derrubaram para dar lugar a quadras de jogos e piscinas.

Sei não... Às vezes penso que não deveria ter vindo morar na cidade grande, mas, como viveria longe do Mar? 

Preciso ficar boa e parar de me lamentar.
  
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Obs. Lendo a crônica do Boanerges Corado, imaginei uma praia tal qual a da ilustralção encontrada do Google.

Para ler o Corado acesse:

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Publicado no Recanto das Letras  em 10/07/2012
Código do texto: T3769983

segunda-feira, 9 de julho de 2012

POETA - SOB MINHA ÓTICA


POETA - SOB MINHA ÓTICA
De: Ysolda Cabral

 
O poeta não é tão somente aquele que faz versos rimados, metrificados ou livres...

O poeta é aquele que sente a vida com intensidade, dentro de sua verdade e independente de sua vontade.

O poeta não mente, a não ser para fazer feliz o coração da gente.

O poeta tem alma nobre, isenta de sentimento menor, vaidade ou ambição.

O poeta sofre como todos os mortais e em determinados momentos sofre também o sofrimento do outro como se fosse dele e, às vezes, sofre até mais.

Para mim o poeta é do amor a mais linda e pura canção...

Canção nascida do Amor e da Emoção.

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Publicado no Recanto das Letras  em 07/07/2012
Código do texto: T3765726

DESFRUTE NO MEU CORAÇÃO


DESFRUTE NO MEU CORAÇÃO
De: Ysolda Cabral


Usando toda a capacidade dos meus pulmões, inspirei  profundamente e segurei o ar na esperança vã de quando expirasse, você sairia de mim.

Alguma coisa de radical eu precisava fazer para livrar meu coração do peso de carregar você.

Meu coração não é o mesmo de antes e não suporta mais trabalhar tanto, com você atrapalhando...

- Ah, se eu cansei, imagine ele carregando você pra lá e pra cá  o tempo todo!

Coitado!  Esse desfrute precisava acabar...

E inspirei, segurei, expirei... E inspirei de novo, e segurei, e expirei... Você, em nada tolo, e, que nem louco se agarrou de um jeito que de lá não saiu,  nem por um instante.

Já não posso garantir essa situação por muito tempo, uma vez que os alicerces estão a ruir ...

Desconfio que, quando isso acontecer, nem assim você sairá de mim. Nos tornaremos uma pequena partícula, no pó da poeira do tempo e ficaremos para sempre a pairar em outros horizontes.

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Publicado no Recanto das Letras em 28/06/2012
Código do Texto T37750304

BARCO A DERIVA


BARCO A DERIVA
De: Ysolda Cabral


No barco à deriva,
A mercê dos Ventos,
Sem bússola,
Sob um Céu sem Estrelas...

Alguns pobres
E indefesos mortais,
Se seguram na fé.

Vez ou outra o pesadelo
É  realidade
Apenas no sonho.

''Navegar é preciso, viver não é preciso.''

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Curiosidade interessante:


''A frase '' Navegar é preciso, viver não é preciso''  afamada por Fernando Pessoa foi originalmente proferida pelo general romano Pompeu.

No mundo das letras, sabemos que o processo criativo nem sempre se encerra na mente geniosa de um escritor capaz de gerar um mundo completamente isento da realidade que o cerca. Cada vez mais, estudiosos vem detectando que vários romances, contos, poemas e canções se mostram ricamente contaminados pelos valores de seu tempo. Em alguns casos, ainda é possível ver que o processo criativo também abraça referências históricas bastante remotas em relação ao tempo em que vive o autor.

Ao falarmos que “navegar é preciso, viver não é preciso”, alguns logo citam a genialidade do escritor português, Fernando Pessoa. Indo um pouco mais adiante sobre o estudo dessa frase, aponta este que, o poeta ao mesmo tempo em que lançava uma sentença sobre a condição do homem, dialogava ricamente com a tradição histórica dos portugueses na exploração dos mares. Contudo, devemos saber que essa interpretação está longe de remontar as origens da afamada frase.

No século I a.C., os romanos viviam ativamente o seu processo de expansão econômica e territorial. Na medida em que Roma se transformava em um império de dimensões gigantescas, a necessidade de desbravar os mares, se colocava como elemento fundamental para o fortalecimento de uma das mais importantes potências de toda a Antiguidade. Foi nesse contexto que o general Pompeu, por volta de 70 a.C., foi incumbido da missão de transportar o trigo das províncias para a cidade de Roma.

Naqueles tempos, os riscos de navegação eram grandes, em virtude das limitações tecnológicas e dos vários ataques piratas que aconteciam com relativa frequência. Sendo assim, os tripulantes daquela viagem viviam um grave dilema: salvar a cidade de Roma da grave crise de abastecimento causada por uma rebelião de escravos, ou fugir dos riscos da viagem mantendo-se confortáveis na cidade de Sicília. Foi então que, de acordo com o historiador Plutarco, o general Pompeu proferiu essa lendária frase.

De fato, a afirmação do general Pompeu surtiu bons frutos. A viagem foi realizada com sucesso e o militar ascendeu ao posto de cônsul com amplo apoio das camadas populares romanas. Pouco tempo depois, esse mesmo prestígio o fez ser um dos integrantes do Primeiro Triunvirato que governou todo o território romano. Afinal, será que foi a vitória da história de Pompeu que levou o lendário escritor português a tomar empréstimo dessa instigante sentença? Quem sabe!''
  
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/curiosidades/navegar-preciso-viver-nao-preciso.htm

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Publicado no Recanto das Letras  em 28/06/2012
Código do texto: T3749663

ESTOU APAIXONADA


ESTOU APAIXONADA
De: Ysolda Cabral

  
Finalmente me descubro apaixonada,
Aguardando ansiosa mais uma poesia,
Para ter certeza que estou sendo amada.

Não é  preciso que ela fale de flores,
Nem, dos teus  mil  ex-amores,
Isso machucaria sobremaneira.
Portanto, convém não escrever asneiras.

A poesia deve me trazer apenas alegria,
Fazer o meu coração esquecer os dissabores,
Tornar os meus dias repleto de magia,
Acabando  de vez a tristeza que eu sentia.

Se o sentimento é amor ou se ele é paixão,
Não quero saber...! Apenas vivê-lo agora,
Antes que vá embora me deixando a solidão.
 
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Publicado no Recanto das Letras em 26/06/2012
Código do texto: T3745862

FÁTIMA BERNARDES ME DEU INDIGESÃO



Fui almoçar mais cedo e quase morri de indigestão.

No telão: Fátima Bernardes, excessivamente deslumbrada, discutia sobre a depilação masculina com os seus convidados.

Eu esperava um programa inteligente e instrutivo, a altura daquela Fátima que nos passava uma imagem de seriedade e credibilidade como âncora do Jornal Nacional.

E o que vi há pouco,  me deixou  realmente estupefacta.

A TV brasileira está cada vez melhor para não dizer o contrário...

- Que coisa! 
  
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Em tempo: Se, antes, ela discutiu algum assunto relevante, com o '' depilação masculina''  ela conseguiu tirar toda a boa impressão.

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Publicado no Recanto das Letras em 25/06/2012
Código do texto: T3743577

QUANDO O VERDE COLORE O CHÃO


QUANDO O VERDE COLORE O CHÃO
De: Ysolda Cabral
  

Se a chuva chovesse apenas para renovar a vida e não matasse, eu pediria a Deus que chovesse sempre e em qualquer estação.

Gosto da chuva, gosto de andar na chuva... 

Gosto de ver como o Mar, humilde, muda de cor para que a cor da chuva  seja vista em toda a sua beleza transparente.

Gosto de ver como tudo fica mais limpo e mais bonito quando ela passa...

E as árvores das cidades, que ninguém cuida?  Essas agradecem por refrescá-las e deixá-las brilhando de tão limpas.

Sob o Sol parecem jóias...  Jóias raras e caras. Tão caras que ninguém pode comprá-las, somente apreciá-las.

Desfrutá-las, com consciência de sua importância e do seu valor, só nas regiões onde o azul do Céu amedronta e os Raios de Sol violentam a terra.

É muito bom ver o verde colorir o chão.

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Publicado no Recanto das Letras  em 25/06/2012
Código do texto: T3743434

NOITE DE SÃO JOÃO




NOITE DE SÃO JOÃO
De: Ysolda Cabral


Nem bandeirinha de São João,
Nem zabumba, nem triangulo, nem sanfona.
Só um desafinado e esquecido violão,
Cujas notas musicais subtona.
Como solar um baião?

Nenhuma bandeirinha de São João,
Nenhum motivo para adivinhação,
Nenhum arrasta pé no salão;
Isso lá é São João?

Põe na mesa a canjica, a pamonha;
O Pé de Moleque, o milho cozido;
A manteiga, o queijo do coalho;
O pão bem assado e o café;
Pra todo mundo ou quem quiser.

Nenhuma fogueira, nem foguetão.
Veta a entrada do trague de sala,
Ele polui o ambiente!
E chegue aqui pra oração,
Que  hora da refeição.

Já que a Estrelinha ficou no Céu,
E aqui estamos entregues ao léu;
Não vamos dar asas à tristeza!
A comida está que é uma beleza,
Afinal é noite de São João.

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Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2012
Código do texto: T3740791

PS. DO CORAÇÃO


PS. DO CORAÇÃO
De: Ysolda Cabral



Adoro um ‘’PS’’ e não é de Pronto Socorro não. Até poderia ser, se ele se referisse ao do coração.

- Aí sim!  Estaria corretíssimo e é como gosto de usá-lo.

Escrever uma carta, uma mensagem, um bilhetinho e até mesmo um e-mail, se no final não tiver um ‘’ pê essezinho ‘’, um ‘’ em tempo’’ ... Tem graça? 

- Eu hein!  Gosto não.

Tem que ter mais alguma coisa a dizer, a qual não foi dita no  texto. Talvez, apenas, você tenha deixado subentendido. Entretanto, não significa, necessariamente, que você precise dizer usando o recurso em questão.

Ou, talvez,  você deva usá-lo só para aumentar a expectativa do destinatário...

Tudo vai depender da forma, do afetivo, do objetivo... Até do mas, porém, contudo, todavia que ele signifique pra você.

E, é aí que está o ''xis'' da questão...  

Isso vale tanto para daqui pra lá, como de lá pra cá.

- Não?!  Claro que sim! 

A gente escreve pra alguém - não é pra qualquer um  – alguém realmente especial, por qualquer motivo, e, no final usa o ''PS''  e/ou o ''Em Tempo''; é só exclusivamente pra chamar a atenção como quem  quer gritar...

- Hei!
- Psil!  Eu não te disse, mas agora vou dizer...

Ah! Mas eu não digo não, só quando escrever pra você. (Risos)

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PS.  Aí está o besteirol encomendado.
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 Curiosidade

Não raro vemos escrito no final de cartas ou de alguns textos a seguinte sigla: PS. Mas você já parou para pensar qual é o significado dessa sigla? Bem, caso ainda não saiba, PS significa Post Scriptum. Trata-se de uma palavra de origem latina e que em português significa “Após Escrito”. ( http://br24h.com/significado-da-sigla-ps )

Em Tempo(?) Como ainda não enviei, ainda tenho tempo. 
  
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Publicado no Recanto das Letras  em 22/06/2012
Código do texto: T3738060

TARDE QUE CHORAMINGA


TARDE QUE CHORAMINGA
De: Ysolda Cabral


O poeta perguntou por onde ando
E eu parei, olhei para um lado e para o outro,
Para cima e para baixo e não me achei.

A sensação de vazio e de tristeza
Apoderou-se de mim
De forma tão intensa que sorri.

Comecei a ler velhos escritos
Procurando por mim em cada linha
Que no caderno da vida alinhavei,
Constatando  ter sumido.

Será que nunca existi?
Será que à tarde que choraminga,
Faz isso porque morri
Ou porque ainda não nasci?

- Realidade...
O que será isso de verdade?

- Estou triste, muito triste...
Já é tarde!

Contudo, lá fora
Minha jardineira espera ser regada,
Os passarinhos já se recolheram,
A noite se anuncia
E o vazio está devidamente preenchido.

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Publicado no Recanto das Letras  em 21/06/2012
Código do texto: T3736906

TRAGÉDIAS QUE SE REPETEM


TRAGÉDIAS QUE SE REPETEM
De: Ysolda Cabral 


Enquanto eu fico aqui olhando a chuva cair, através da janela, e, me encantando com a paisagem; penso na quantidade de pessoas fazendo a mesma coisa, neste exato momento, porém com um sentimento completamente diferente do meu.

Eu acho lindo, aconchegante e em tudo vejo poesia.

Outros estão na janela em vigília, em alerta, pois a qualquer momento poderá acontecer mais deslizamentos de terra, nos morros da cidade, cujo resultado é sempre catastrófico.

São as tragédias humanas que se repetem, ano após ano, as quais poderiam ser perfeitamente evitadas, se houvesse um empenho honesto e desinteressado entre o governo e o próprio cidadão.

Da última segunda-feira para cá já aconteceram vários desmoronamentos, morte e muita gente está desabrigada.

- Isso é novidade?

Pensar e/ou desejar que tudo isso possa mudar, é utopia.

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Abaixo, comentário digno de destaque:
  


20/06/2012 21:00 - Fernando Alberto Couto



Ah! Mas tenha certeza que as autoridades já devem ter aprovados todos os orçamentos, liberações de verbas e estão tomando as medidas necessárias para que seja um sucesso a Copa do Mundo de Futebol, em 2.014 e Olimpíadas. Afinal parece que são eventos vitais para a sobrevivência deste país (?) e vão te duração de um mês. Ora, para que preocupar-se com seca, inundação, deslizamento, falta de hospitais, escolas, estradas, segurança, etc, problemas permanentes, aos quais já devíamos estar acostumados? Parabéns pela sua excelente e oportuna crônica. Aplausos, em pé e com salvas...

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Publicado no recanto das Letras em 19/06/2012
Código do texto: T3732183

LEMBRANÇA OUSADA


LEMBRANÇA  OUSADA
De: Ysolda Cabral
  

Por vezes sua lembrança me invade de maneira tão profunda...

E, ao  tempo em que tenho medo; vibro de alegria, me empolgo, enlouqueço...

Ela chega de repente e me põe do avesso, fazendo de mim o  que bem  quer.

Tento  me safar, mas  não consigo!

Acho  que não quero e  me deixo possuir por inteiro.

Ela, não se faz de rogada e me pega, me abraça de um jeito que amoleço, desfaleço, me desconheço...

Logo me deixa e sem consideração ou piedade  vai embora, me deixando numa completa solidão e em angustiado desalento.

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Publicado no Recanto das Letras  em 18/06/2012
Código do texto: T3730953

EM TEMPOS JUNINOS - LUIZA SONHA EM CASAR







EM TEMPOS JUNINOS – LUIZA SONHA EM CASAR
De: Ysolda Cabral






Luiza, um pouco maior dos 35, andava triste e sem ânimo para nada. No trabalho continuava competente e atenciosa como sempre. Contudo, nós, suas colegas, sabíamos que ela não estava nada bem.

A prestativa Mirian, sempre atenta a tudo e a todos, notara antes de nós a apatia de Luiza e já se empenhava, há dias, em levantar seu astral. Mas, nada tinha dado resultado... Ainda.

Até que, no último dia 12 de junho, Luiza ao chegar para trabalhar, foi direto pra cantina tomar um cafezinho e ali encontrou Mirian muito animada, contando pra todo mundo como o santo casamenteiro, Antonio, havia lhe ‘’dito’’, quando ela ainda era bem mocinha, o nome do rapaz com quem iria casar.

Mais que depressa, Luiza puxou uma cadeira, esquecendo completamente a tristeza, a apatia e se sentou -  toda ouvidos -  pedindo à Mirian que continuasse a narrativa,  sem poupar nenhum detalhe.

Era um dia como o de hoje - véspera de Santo Antonio – falou Mirian toda feliz da vida, pois tinha conseguido despertar o interesse de Luiza - eu estava com 17 anos e sem nenhum pretendente pra casar, resolvi perguntar à uma amiga, mais experiente, se havia um jeito do santo casamenteiro me ajudar.

Ela me disse para jogar uma moeda, de qualquer valor, na fogueira de Santo Antonio, tão logo fosse acesa. E, que,  no dia seguinte, bem cedinho, tirasse a moeda das cinzas e a colocasse dentro da bolsa, até  que um mendigo me pedisse uma esmola, ocasião em que, eu deveria lhe dar a respectiva moeda. Porém, antes dele ir embora, eu teria que perguntar o seu nome, e, o nome que ele falasse,  seria o nome do rapaz com quem eu iria me casar. Agora, se ele fosse embora sem me responder, eu estaria condenada a ficar solteirona para sempre.

O resultado foi que, antes dos 19 anos, eu estava casada, com um rapaz  que tinha o nome igual ao do penitente - o qual havia me aparecido pouco tempo depois de ter feito a simpatia - e muito feliz esperando o meu primeiro filho.

Luiza, para nossa surpresa, se levantou entusiasmadíssima, anunciando que iria fazer a tal simpatia, tão logo chegasse em sua casa.

Finalmente descobrimos o que afligia aquele coração ingênuo, bondoso e sonhador: a falta de um namorado, de um marido... (Risos)

Bom, no dia seguinte,  lá estávamos todas nós ansiosas a espera das novidades.

Surpresas, vimos Luiza chegar do mesmo jeito: apática, andando em ''câmara lenta''.

Dirigiu-se até onde estava a Mirian e contou que, havia feito tudo direitinho. Porém, como não tivera tempo de providenciar sua própria fogueira, tinha jogado a moeda na fogueira da vizinha. Claro que com o seu conhecimento e consentimento.  Aconteceu que, quando foi pegar a moeda , bem cedinho, não encontrou nem as cinzas. A vizinha havia varrido tudo e muito bem varridinho.

Foi um choque! Ninguém esperava um desfecho daqueles e ficou todo mundo calado sem saber que dizer e nem o que pensar.

Foi quando a esperta Mirian, se levantou e muito braba falou:

- A culpa é sua de não ter dado certo! Quem mandou contar pra vizinha?! Essas coisas a gente faz na ‘’moita’’, no sigilo absoluto!

Ninguém respirava de tanta aflição e ela continuou:

- Se preocupe não, nem tudo está perdido. Lembre-se que São João está chegando e ele, na hierarquia celestial, tem até mais prestígio que Santo Antonio...

Pronto, deu-se a desgraça e o caldo vai engrossar, pensei cá comigo.

Não deu outra;  Luiza foi embora,  ''fumaçando'' de tanta raiva, sem lhe dá mais nenhuma atenção.

Quanto à Mirian? Ficou indignada, olhou pra mim e falou:

- Ela pensa que a culpa é minha, pode uma coisa dessas?

- Esquenta não, minha amiga! Mais que depressa a consolei e continuei...

- Isso foi rixa dos santos juninos. Logo ela esquece a ‘’desgraça’’ e vai comemorar a sorte que tem.

Garanti com a convicção daqueles que sabem do que estão falando.  Hahahahahahahahaha...

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Fato real, apenas usei nomes fictícios. (Risos)

Publicado no Recanto das Letras  em 18/06/2012
Código do texto: T3730399


COISAS DA PAIXÃO



COISAS DA PAIXÃO
De: Ysolda Cabral


Caiu de cara no chão?
Preocupe-se não, minha amiga!
Isso é coisa da paixão.

Ela é mal educada e muito grossa,
Do jeito que chega vai embora,
Sem nenhuma consideração.

Já com o homem  ela é bem diferente.
Apresenta-se reticente e cautelosa,
Posto que, a ‘’ loira’’ e a bola,
Normalmente estão presentes.

E, como toda amante desvairada,
Não gosta de competir,
Muito menos ser trocada;
Prefere ir embora,
Antes do pretendido sim.

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Facuri, aí está sua resposta para o comentário abaixo: (Risos) 


17/06/2012 15:56 - Facuri

rsrsrs...Oi Ysolda!...Uma resposta sutil e inteligente digna das grandes mentes, obrigado estimada poetisa, pois a mim, sem eufemismos muito me conforta mesmo não apreciando muito futebol ou cerveja...rsrs- Seu texto ensejou por agradável consequência o texto "O SEXO DA PAIXÃO "...Feliz também por sua posterior visita que muito me honrará!Beijos de admiração, estimada poetisa!

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Publicado no Recanto das Letras  em 17/06/2012
Código do texto: T3728693

quinta-feira, 14 de junho de 2012

DIAGNÓSTICO


DIAGNÓSTICO
De: Ysolda Cabral


Se você, vez ou outra, tem a sensação de desmaio;
De se sentir flutuar, sem saber onde estar;
De sua mente parar de funcionar,
Deixando-lhe atordoada, desnorteada;
Não esquenta e não tema!
Você está apenas apaixonada.

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 Publicado no Recanto das Letras em 14/06/2012
Código do texto: T3724125