sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

QUALQUER CANTO


QUALQUER CANTO
De: Ysolda Cabral




Como pena ao vento,
Aos primeiros minutos de dois mil e onze
Dando cambalhotas no ar,
Sem ver o Céu, a Terra ou o Mar,
Finalmente compreendo:

Não importa os contratempos,
Não importa o sofrimento,
Não importa a solidão...

Deixo tudo com o Tempo,
Senhor de todos os destinos,
E dou adeus à ilusão.

E, com a clareza dos que sentem,
Estar vivendo em outro plano,
Vou “planando” no infinito,
Até cair em qualquer canto.



*****


E, "caindo " no meu blog, registro votos de Feliz Ano Novo para todos os blogueiros de plantão. :)

Publicado no Recanto das Letras em 01/01/2011
Código do texto: T2702553

sábado, 25 de dezembro de 2010

CARTA PRA NOEL

CARTA PRA NOEL
De: Ysolda Cabral


Com o lápis grafite,
Armei minha árvore de Natal,
Num pequeno pedaço de papel.

Nela coloquei a Estrela Guia,
E uma carta pra Noel,
Que dizia:

A despeito de ter crescido,
A despeito do tempo perdido,
A despeito de tudo que faço e digo;
Ainda sou criança,
E, quero continuar assim.

Entretanto, para que isso aconteça,
Preciso que me traga de presente,
Um pouco da minha antiga alegria,
Uma porção de confiança,
E um “pote” grande de fé.

É que a reserva que eu tinha,
Depois de tantas lágrimas,
Está totalmente em baixa.

E, sem fé, me sinto perdida,
Uma louca desvairada,
Quase inanimada,
Não consigo nem ficar de pé...


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Obs.: A tela usada na ilustração é do artista pernambucano Carlos Lócio.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO
De: Ysolda Cabral


Observando o voo dos pássaros,
Seus belos e suaves pousos;
Na beira do rio quase morto,
Ou nas árvores de verde duvidoso;
Sinto do fundo da minha alma,
Que nem tudo está perdido.

Observando o gesto do menino de rua,
O qual se benze e agradece,
Pela pequena moeda recebida,
Com verdadeira e sincera alegria;
Sinto do fundo da minha alma,
Que nem tudo está perdido.

Observando o amor, a dedicação,
E o carinho de minha irmã,
Pela sua cachorrinha vira-lata de três patas,
- resultado de um atropelamento inevitável –
Sinto do fundo da minha alma,
Que nem tudo está perdido.

Observando o meigo rosto de minha filha,
Dizendo eu amo você mamãe,
- mesmo quando lhe dou um “grito” -
Sinto do fundo da minha alma,
Que nem tudo está perdido.


Observando o lindo e maltratado Mar,
Refletindo a luz do luar,
Inspirando poetas enamorados;
Sinto do fundo da minha alma,
Que nem tudo está perdido.

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É com este pensamento, de que nem tudo está perdido, e, de que ainda há esperança para todos nós, que encerro minhas “atividades literárias” neste ano no Recanto das Letras.

Aproveito para agradecer os setenta e oito mil acessos recebidos, os quais me surpreenderam e me estimularam a escrever com mais dedicação e zelo.

E, com votos sinceros de um Feliz Natal e de um Ano Novo repleto de Paz e Prosperidade para todos, extensivos aos seus familiares e amigos, me despeço com um forte e carinhoso abraço pernambucano.

Com respeito e humildade,

Ysolda Cabral


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Publicado no Recanto das Letras em 11/12/2010
Código do texto: T2665072

MARIA GADÚ X CAE - GRANDE DUO



MARIA GADÚ X CAE – GRANDE DUO
Por: Ysolda Cabral





Ontem fui ao Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, assistir ao “Duo”, acima em tela.

Antes de comentar o respectivo show e já adiantando que foi espetacular, gostaria de registrar minha surpresa e tristeza por encontrar o teatro em péssimo estado de conservação.

- Gente do céu, aquele espaço era belíssimo e muitíssimo bem cuidado... !

- O que será que aconteceu?!!

Enfim...

Fiquei encantada com a Maria Gadu, (23 anos) eu e muitos dos que estavam ali e que ainda não a conheciam tão bem, quanto à moçada.

Compositora, musicista (dedilha o violão como há muito tempo eu não via ninguém dedilhar) cantora de extraordinário talento, a qual nos transmitiu simplicidade, meiguice e momentos inesquecíveis de pura beleza e poesia.

Cantou várias músicas suas e de outros compositores, inclusive do Cae. E, para nos cativar ainda mais, nos presenteou com a belíssima canção “Ne Me Quitte Pas” do compositor Jacques Brel, num francês fluente, belo e perfeito.

(Ao término desta, fiz questão de transportar do site especializado à letra traduzida da respectiva canção.)

Quanto ao Caetano, apesar de na sua nova música afirmar que se odeia por estar velho, está muito melhor que antes. Ele não era nem bonito e agora está! Também era “dado” a umas “boiolices preguiçosas”. Achei que elas diminuíram e fiquei na dúvida se achava bom ou ruim... (Rsrs)

Quanto ao artista, ao seu encanto, ao seu talento e a sua voz; estão mais bonitos, profundos e mais aprimorados que nunca.

E, como era de se esperar, com a humildade dos grandes, concedeu um espaço maior para sua “pupila”, a qual retribuiu a altura lhe deixando repleto de orgulho, fato facilmente observado por todos nós.

Contudo, a noite teve um “ponto baixo e desafinado”: eu. Eu, sim senhor!!

- Culpa da Maria Gadú que não perdia oportunidade de “agarrar” e beijar o meu ídolo.

- “Oxe”, que coisa!!!! Pra que tanto?!!!!!

Fiquei a matutar se o que eu estava sentido era ciúme ou inveja da garota.

Hahahahahahahahahaha

A noite foi muito legal. Adorei!!!!

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Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2010
Código do texto: T2664718
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Não Me Abandone (Tradução Vagalume)
De: Jacques Blel

Não me abandone, é preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer que já ficou pra trás.
Esquecer o tempo dos mal-entendidos
E o tempo perdido a querer saber como
Esquecer essas horas que às vezes mata
A golpes de por quês, o coração de felicidade.

Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone

Eu te oferecerei pérolas de chuva
Vindas de países onde nunca chove;
Eu escavarei a terra mesmo depois da morte,
Para cobrir teu corpo com ouro e luzes.

Criarei um país onde o amor será rei,
Onde o amor será lei
E você será a rainha.

Não me abandone,
Não me abandone,

Não me abandone, eu te Inventarei
Palavras absurdas que você compreenderá
Te falarei daqueles amantes
Que viram de novo seus corações excitados
Eu te contarei a história daquele rei,
Que morreu porque não pôde te conhecer.

Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,

Quantas vezes não se reacendeu
O fogo do antigo vulcão
Que julgávamos velho?

Até há quem fale de terras queimadas
A produzir mais trigo na melhor primavera
É quando a tarde cai, para que o céu se inflame
O vermelho e o negro não se misturam

Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,

Eu não vou mais chorar
Não vou mais falar,
Me esconderei aqui
Só para te ver dançar e sorrir,
Para te ouvir cantar e rir.

Deixa-me ser a sombra da tua sombra?
A sombra da tua mão?
A sombra do teu cão?

Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

HOMENAGEANDO MINHA FILHA

MINHA GUERREIRA,



Como falar sobre você, sobre o que sinto por você,
Sobre àquilo que você significa para mim;
Sem parecer piegas?

Como homenagear você,
Como lhe parabenizar por cada vitória conquistada,
Cada desafio vencido,
Sem parecer piegas?

Como dizer de minha alegria,
Do orgulho que sinto em ter você como minha melhor amiga,
Sem parecer piegas?

Como posso dizer que você é a minha vida,
É a minha razão de viver,
Que você é a pessoa mais bonita, mais inteligente,
Mais generosa, mais maravilhosa que conheço,
E que você é meu aconchego;
Sem parecer piegas?

Como posso dizer que;
Amo, adoro e lhe quero bem,
De maneira definitiva e para sempre,
Sem parecer piegas?

Ah! Minha filha,
Você para mim
É a mais pura expressão da poesia.

*****

Conseguir passar por média?!!!!
Bem sei que não foi nada fácil.

Parabéns, por mais esta vitória!!


Beijos,
Mamãe
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ABAIXO, COMENTÁRIO PRA SER GUARDADO:
09/12/2010 00:15 - Yauanna Cabral *
Mamãe, Que homenagem mais linda, não esperava. Amei de coração...E como você mesma me ensinou a sempre demonstrar o que sentimos, então tenho orgulho de dizer que tudo que sou hoje é por sua causa e que meu amor por você não tem dimensão. Obrigada por ser essa mãe... amiga, verdadeira e tão sensível que você é. Eu que tenho muito admiração por Ysolda Cabral que é mãe, guerreira, poetisa, e tantas outras qualidades que você tem.Te amo!
Para o texto:
HOMENAGEANDO MINHA FILHA (T2659161)

sábado, 4 de dezembro de 2010

UM POUCO DE PERDÃO

UM POUCO DE PERDÃO
De: Ysolda Cabral


Gestos de amor
Gestos de alegria
Gestos de amizade
Gestos de bondade
Gestos de caridade

- Sem propagação!

Gestos de carinho
Gestos de compreensão
Gestos de harmonia
Gestos de humildade
Gestos de união...

- Não custam nada não!

São gestos de beleza
São gestos de grandeza
São gestos de nobreza

Não precisam estar em ordem
Bastam ser de coração

E, já que o aniversário Dele se aproxima
- vinte e cinco de dezembro -
Pensar nisso é uma boa opção

Quem sabe você não receba de presente
Um pouco de perdão?!

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Publicado no Recanto das Letras em 04/12/2010
Código do texto: T2652767

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

REFLEXÃO ALEATÓRIA



REFLEXÃO ALEATÓRIA
De: Ysolda Cabral




Não podemos deixar que nos falte:

Paciência para suportar maus tratos, injustiça, indiferença, inveja, falsidade, assédio moral, bulling, discriminação, antipatia gratuita e malvada, bem como para agüentar a dor...

A dor da saudade, do desamor, da juventude que se estragou ou passou...

Controle para se, apenas se, a paciência faltar, se esgotar, você se segurar com unhas e dentes, sem se ferir ou desmoronar.

Humildade para agüentar as intempéries da vida com dignidade e honradez.
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E, se tudo isso nos faltar; que não nos falte a FÉ.

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Publicado no Recanto das Letras
Em 02/12/2010Código do texto: T2648998

"NEM TUDO QUE RELUZ É OURO"

“NEM TUDO QUE RELUZ É OURO”
De: Ysolda Cabral




Conversando com Ele, em oração ou simplismente conversando, agradeço e protesto. Por vezes até “arengo” e é justamente nesses momentos que O sinto mais perto de mim. Logo pondero que, estou arengando por coisa boba.

Há tanta gente com problemas tão maiores que os meus e não agem assim! E é aí que começo a arengar comigo mesma. Nesses momentos Ele se diverte e pensa: ela começa a aprender; até que enfim!

- Ah, porque será que reclamamos de tudo e nunca estamos satisfeitos com nada?!

A vida é linda e se passássemos a olhá-la com a deferência que ela merece agiríamos diferente, viveríamos muito melhor e muito mais felizes. E, se, nos olhássemos com mais benevolência, paciência, respeito e compreensão, tudo fluiria mais fácil.

Mas, cada um é cada um... Eu sei!

Entretanto, um dos piores defeitos na maioria de nós, pobres mortais, é o engano tolo e irresponsável de se considerar o máximo (acima do bem e do mal) e, por conseguinte, com direito de julgar.

Julgar é atitude perigosa e muito leviana. Afinal, ninguém sabe o coração de ninguém,e, “nem tudo que reluz é ouro” ou “nem todo ouro reluz”.

Hoje julgamos e amanhã quem será julgado seremos nós. Ora, se não podemos falar bem de uma pessoa, o que custa calar?!

Sermos convenientes e éticos é louvável em qualquer situação. Fico terrivelmente triste quando vejo a vida de uma pessoa sendo exposta, criticada, espezinhada...
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- E, sei do que falo!
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Somos escritores, poetas fazendo parte de um site cuja finalidade está implícita no próprio nome: “Recanto das Letras”. Portanto, nos focar em escrever textos, os quais sirvam para instruir, refletir e/ou simplesmente fazer sorrir, deve ser o nosso objetivo maior.
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O resto é desgaste, vaidade e pura perda de tempo.

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Publicado no Recanto das Letras
Em 02/12/2010Código do texto: T2648926