segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

APENAS EU E O MAR - REPUBLICAÇÃO



APENAS EU E O MAR
De: Ysolda Cabral


De uma forma estonteante e bela
Você me recebeu e me envolveu
Com a força da Natureza
Que Deus lhe deu...

Parecia que hoje me esperava
Como quem tem premonição
E havia tomado todas as providências
Para me receber com alegria e emoção

Deixei-me envolver por inteiro
E em você flutuei como uma pluma ao vento
Sem direção e sem nenhum medo
E o tempo para nós ficou lento

O azul de minhas vestes
Confundia-se com as suas e as do céu
E sentindo você inteiramente meu
Esqueci até quem era eu

Por um fugaz momento
Escutando a sua voz
Deixei-me embalar
Em completa entrega
Daqueles que sabem amar

Deixar você, nunca é fácil
Sempre me dá vontade de chorar
Porém ao lhe olhar, me acalmo
Pois sei que vou voltar.



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Espero voltar em breve.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

AMIGOS INSEPARÁVEIS - UMA HOMENAGEM

AMIGOS INSEPARÁVEIS


L. á se foi o grande amigo do Sóstenes
E. les eram inseparáveis
N. ada abalava aquela amizade
N. ão se poderia imaginar um sem o outro
O. Labrador era melhor que muita gente
N. este momento sinto a dor que Sóstenes sente.


* Lennon faleceu ontem 25/01/2012 ( 4ª.feira) às 13h.

Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2012
Código do texto: T3463242

O NOVO QUADRO



O NOVO QUADRO
De : Ysolda Cabral


Repara! Ali, bem ali...
De onde me esqueci de partir,
Quando você se foi...
Só resta a cantar o Colibri.


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Trovinha composta para interagir com a belíssima poesia ''Retrato Apagado'' do grande poeta paraibano Jamaveira.

Para ler a referida poesia o link é: http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdesaudade/3460022


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Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2012
Código do texto: T3462861

NOVO DIA!!!




NOVO DIA !!!
De: Ysolda Cabral




Amanheci repleta de alegria,
Tive um sono tranqüilo e reparador;
Pela Graça do Senhor.

Estou novamente bem,
Nenhuma tristeza me faz refém,
Tudo em mim se normalizou,
Nenhum resquício ficou
Da última inexplicável dor.

Por isso estou aqui,
Para desejar bom dia
A quem estiver aí!

E, garantir que,
Basta apenas um segundo
Para a vida voltar a lhe sorrir.

Ou...

Apenas uma boa noite de sono...




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Publicado no Recanto das Leetras em 26/01/2012
Código do texto: T3462208

NUM FINAL DE UMA TARDE QUALQUER




NUM FINAL DE UMA TARDE QUALQUER
De: Ysolda Cabral




Há muito que não canto, nem encanto e desencantada ando. Claro que continuo olhando à vida com os olhos da poesia. Entretanto, eles choram mais que sorriem.

Há tanta coisa fora de lugar!

Há tanto sofrimento pairando no ar!

A gente recorre aos sonhos e só consegue sentir saudade de quando pensávamos que um dia eles seriam viáveis.

A juventude nos leva a tantos enganos!

Já a maturidade nos leva à insanidade e muitas vezes a atitudes inexplicáveis.

- Como contê-las?

- Como detê-las?

Estou insana, estou inexplicável, me sentindo dentro de um redemoinho sem forças para sair e cruzar a linha que me levará a paz desejada ou, ao fim do labirinto do nada.

Chega de tanta asneira, de tanta besteira, de tanto faz de conta sem sentido.

Ainda tenho muito pra viver...



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Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2012
Código do texto: T3461343

ENIGMA PARA DECIFRAR - Nº 001/2012






ENIGMA PARA DECIFRAR – Nº 01/2012
FERNANDA XEREZ & YSOLDA CABRAL


F. ácil de responder,
E. muito fácil de matar.
R. esponda sem titubear,
N. ão me faça esperar!
A. não ser que você não saiba...
N. algum lugar elefante guia? – Não?!
D. iga-me a razão!
A. h! Estou a esperar.

X. êrez eu vou bebendo,
E. bem devagarzinho,
R. esponda logo, minha Nandinha,
E. não se demore, pois minha cabeça,
Z. oa que nem passarinho.

(Ysolda Cabral)


Y. solda, agora você me pegou
S. ai procurando a resposta
O. Google não mostrou
L. ogo, perdi a aposta
D. esejo que me esclareça
A. ntes que eu fique com dor de cabeça

C. omo você pode fazer isso comigo?
A. ff! menina... parece castigo!!
B. asta, para o enígma não achei solução
R. ealmente você me deixou na mão
A. guardo um esclarecimento
L. inda amiga, a resposta não sei, lamento!!

(Fernanda Xerez)


http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=44022


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Resposta do enigma: ele não guia por que vive a dar trombada, Nandinha! Hahahahahahahahaha


Publicado no Recanto das Letras 25/01/2012
Código do texto: T3460469

domingo, 22 de janeiro de 2012

NÃO SEI INGLÊS!




NÃO SEI INGLÊS!
De: Ysolda Cabral




Aprendi ainda bem menina que, palavra dada tinha que ser honrada e pontualidade era parte imprescindível desse requisito. Sem ela, a pessoa não merecia consideração, credibilidade e nem respeito. Portanto, não servia para amiga e não servia para nada.

Na década de setenta, era muito comum o pessoal jovem se encontrar nas lojas de discos, uma vez que não existiam Shopping Centers. E, eu, sempre marcava de encontrar o pessoal na ''HI-FI'' DISCOS, onde ficava escutando música em *alta fidelidade e nem sentia o tempo passar.

E passava, e passava, e passava e ninguém chegava e eu terminava por ir embora muito chateada. ( Veja a minha cara na foto) :)

Certa feita marcaram comigo na ''RAIFAI'' DISCOS e foram embora sem me darem tempo de perguntar onde ficava a referida loja uma vez que, eu só conhecia e frequentava a ''HI-FI DISCOS''.

Muito tempo depois, numa festa de aniversário do amigo Sóstenes Fonseca, um senhor veio me cumprimentar com muita alegria. Naturalmente respondi ao cumprimento com a mesma festividade, porém sem saber com quem estava falando. E, assim que tive chance perguntei ao Sóstenes quem era aquele senhor tão animado.

E ele me respondeu: ''menina, é Nadinho (Arnaldo Pinheiro) amigo de Djalma Fiqueiroa, proprietário da ''RAIFAI'' DISCOS que ficava lá no ''beco'' da Livraria Estudantil, em Caruaru, lembra?

Era a minha ''HIFI DISCOS!!!!

Hoje, parei numa banca de revista e pedi um ''TRIDENTE''. Minha filha indignada exclamou: ''TRÁIDENT'' mamãe!

- Pois é...!

Aprendi um bocado de coisa na vida, mas nunca consegui aprender inglês. E, por conta disso fiz um monte de desafetos, passei muita vergonha e ainda passo. Hahahahahahahahaha...

* Alta Fidelidade – Tradução de Thiago Medeiros para HI-FI.





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Publicada no Recanto das Letras em 22/01/2012
Código do texto: T3454777




CIRANDANDO COM NUVEM E FLOR








Visitei a Nuvembranca, em seguida fui ver a Flor Enigmática e aí a ciranda da Nuvem me pegou e cirandei sobre o amor de maneira segura e confortável como se estivesse na ciranda da Lia de Itamaracá: certa do compasso...


Meu amor nunca existiu
Foi minha poesia que o pariu
Nasceu,viveu ,morreu
Em primeiro de abril.

(Ysolda Cabral )

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E chegando mais cirandeiros...

Pois meu amor não sei
Se foi de plebeu ou nobre
Não conheci a sua lei
Verei se a cartomante descobre

( J Stanislau Filho )

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Meu amor foi estupendo
Me arrepio quando lembro
Me tirou até a alma
A danada da cachaça

( Ébrio )

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Esta ciranda é contagiante
Fala de cor ,sabor,sedutor
Fala de amante
Quando chega,o amor

( Flor Enigmática )

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Meu amor aconteceu
Não fui eu quem o escolheu
Coração o percebeu
Quando a sós, você e eu

( Jeronimo Madureira )

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CIRANDEANDO

Minha vida é uma ciranda
que roda num desvario
Ai de mim, se ela parar...
sinto até um calafrio...

Não para, minha ciranda
que a vida está nessa roda
Se meu sono for profundo,
não para; vê se me acorda!

Pra fugir das minhas dores,
Passo horas a dormir.
Mas a ciranda não para.
Está sempre a me perseguir.

Se do amor fores no encalço
Roda depressa, ciranda!
Mas gira bem devagar,
e ao encontrá-lo, não anda...

Nossa vida é mesmo assim
Correndo, louca, incontida...
Nem a ciranda, ou o tempo
Vai evitar nossa partida.

( Mírian Warttusch)

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Amor às vezes entristece
Mas me alegra esta ciranda
Amor na vida acontece
E o coração ele comanda

Aos passos da ciranda, que dancei muito em Recife...E conheci também a Ilha de Itamaracá (essa ciranda quem me deu foi Lia, que mora na ilha de Itamaracá...)

( Gajocosta )

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Na ciranda do amor
Joguei os dados, vivi
A este jogo sedutor
Ganhei mais do que perdi.

( Conceição Gomes )

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Seu amor era primavera
Cheirava flor de laranjeira
Te fez suave e regateira
Foi se... já era

(AleixenKo )

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Numa roda de ciranda
uma paixão me pegou
a partir daquela pega
o meu destino mudou.
Passei a andar pelo mundo
como humilde vagabundo
Nada do amor me sobrou!

( Luzirmil )

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Quem dera encontrar
A primavera da suavidade
Onde o amor fosse de graça
Sem troca ,sem medo, sem farsa

( Maria Socorro Costa )

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Eu dei a luz ao amor,
No primeiro poema...
A primeira dor,
Foi o meu tema!

( Adria Comparini)

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Y.es, o amor chegou de mansinho
S.oprando-me segredinhos
O.meu coração é um ninho
L.eve amor, bem docinho
D.elicado feito passarinho
A.mor, meu amorzinho.

( Fernanda Xerez )

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Meu amor é navegante,
como um barco em alto mar.
De sereno á excitante,
quero sempre navegar.

( Veralis )

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D.e alguns ouvi certa frase
E. a ela não dei ouvidos não...
S.ei que disseram numa fase
I.mprópria e,..., ‘larguei de mão’
L.indo é dizer que da flor
U.ngida foi a eleita
S.omente os que tem rancor
Ã.h! Amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa...
O.usam pronunciar,..., que horror!

(HICS)

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O amor me veio assim
No encanto de uma paixão
Ainda consigo ver
As minhas estrelas no chão.

(Ieda)

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Do amor sempre direi acende estrelas em meu olhar



escorre mel de minha boca meu coração faz cantar.
Se digo isso do amor é que tenho convicção



que o meu Amor se entrega ao meu amor, com paixão.

( Edna Lopes )

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Andei por nuvem e flor
de estrelas nos pés fiz chão
quero saber o que é o amor
esse imenso ponto de interrogação.

( Luciana Vettorazzo Cappeli )

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Meu amor cedo partiu,
Só saudade aqui deixou,
Quem sabe ele nem existiu,
Foi meu verso que o sonhou.

( Márcia Kaline Paula de Azevedo )

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O rosto de um lindo anjo
Negros cabelos até a cintura
Treme o pequeno marmanjo
Lembrando a mãe linha dura
(rimas simples "guardadas num velho baú"...dos anos 60)

( Sóstenes Fonseca )


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Os amores que vivi,
permanecem na lembrança.
desde o dia em que saí
de minha tenra infância!

(Milla Pereira)


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Registro e agradeço a bela participação de todos.


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Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2012
Código do texto: T3449655










sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TEMPO TERMINAL





TEMPO TERMINAL
De: Ysolda Cabral


Quando a alma lamenta,
E o coração implora;
A gente fala, grita, chora.
Mas quem se importa?!

São coisas fora de moda,
''modelitos'' não mais usados,
Agora só vale os sarados,
A maioria de intelectos atrofiados.

Dos pés a cabeça,
E da cabeça aos pés,
É visível o vazio enviesado,
Inexplicavelmente desejado.

E, a realidade se impõe,
Em angustiante exposição,
Anulando qualquer ação...

- Recomendamos: cuidado!

Quando há fatos consumados,
São irreversíveis seus feitos,
Tudo se torna torto e desigual,
E o tempo já é paciente terminal.

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Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2012
Código do texto: T3448335

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

DIGNIDADE DA FLOR



DIGNIDADE DA FLOR
De: Ysolda Cabral



Mais um dia que começa...
Chovendo e fazendo sol,
Num indiferente arrebol.

- Queria tanto uma flor amarela!

Mais um sonho que se esvai,
Mais uma noite que finda,
O homem destrói coisas lindas,
E a morte em vida se faz.

- Nem a flor amarela é mais ela!

Desabrochou desbotada,
Rapidamente despetalou,
E jaz pisada na calçada.

- Queria tanto uma flor amarela!

A colocaria no altar da Capela,
Para que ali fenecesse,
Da forma que merecesse,
Porém com a dignidade em tela.

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Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2012
Código do texto: T3443524



FOTO ILUSTRAÇÃO DA POETISA RECANTISTA

ADRIA COMPARINI

Para visitar sua escrivaninha é só clicar no link abaixo indicado:

SEXTA-FEIRA TREZE - SARAVÁ, DONA MARIA!



SEXTA-FEIRA TREZE – SARAVÁ, DONA MARIA!
DE: YSOLDA CABRAL





Dizia dona Maria nossa vizinha, na década de setenta, quando ainda morávamos em Caruaru-PE. que era Católica Apostólica Romana, entretanto, quando a sexta-feira caia num dia treze, todos deveriam levantar as mãos para os céus e gritar alto e em bom som: ‘’ SARAVÁ MEU PAI, PRO DIA SER DE PAZ!’’

Eu sorria e me ‘’plantava’’ em sua cozinha para comer as guloseimas que fazia especialmente para mim e escutar sua conversa inteligente, contraditória e bem humorada.

Quando coincidia de chegar por lá numa sexta-feira treze por brincadeira, respeito ou precaução me juntava a ela no ritual do ‘’ SARAVÁ MEU PAI...!

Até que um dia dona Maria morreu e ninguém se conformou, muito menos eu. Inclusive, cheguei a escrever e publicar, no Jornal Vanguarda de minha cidade, a crônica em sua homenagem ‘’Lá Se Foi Maria’’, cuja peça até hoje é considerada pelo meu pai, o meu melhor trabalho literário.

Mas essa não é a questão. A questão é que há muito tempo não me lembrava de momentos assim, os quais, de tão distantes, parece até que nem os vivi.

Contudo, hoje é sexta-feira treze, o dia está lindo e o meu coração está numa paz infinita.

SARAVÁ, DONA MARIA!

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Publiquei ''Lá Se Foi Maria'' no RL em 26/06/2008

Para ler o link é:

http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/1051690

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Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2012
Código do texto: T3438517

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"BRIGADEIRA'' DE CRIANÇA - CRÔNICA



''BRIGADEIRA'' DE CRIANÇA
De: Ysolda Cabral




Por mais que mamãe dissesse para não sair de casa, eu sempre dava um jeito de fugir para brincar na rua com a criançada da vizinhança. Como sempre fui dada a inventar novas brincadeiras, era normal que eu liderasse o grupo. Isso causava certa inveja (principalmente nas meninas) e as brincadeiras acabavam em ''brigadeira'' ‘’Doscontra’’ com os ‘’Afavor’’.

Eu voltava para casa chateada, me sentindo culpada ou me recriminando por não ter revidado as agressões verbais e até mesmo alguns empurrões, assumindo que ''podia''.

Tanto na rua como no colégio, isso acontecia.

Mas, como sempre fui uma completa idiota, desprovida de qualquer sentimento de revide, ambição, vaidade, ou qualquer coisa que o valha; esses fatos me entristeciam, mas logo passavam e eu voltava feliz às brincadeiras ou ''brigadeiras''.

Um dia resolvi entrar na briga na base da cantoria.

E comecei em tom altíssimo...

Ta falando de mim
Eu quem me importa
Bata a cara na porta
Até ficar torta.

A turma '' Afavor'' puxava o refrão...

Ô cara torta, queremos torta e é agora... Torta, torta, torta...

Como sempre do meu lado estava o ''Cabeção'', o contra-ataque veio rápido e de maneira muito baixa da ''chefe'' da turma '' Doscontra''...

''Cabecinha daleluia que papai bejô
Tomou tanta cachaça que a cabeça inchou

Xô, xô, xô... Ô cabeça grande meu senhor!! ''

- De bom grado concedi a vez ao Cabeção e ele caprichou cego de raiva:

''Você tem cara de macaca
E tararará
E é muito fedorenta
E tarará
Toma banho de ano em ano
E tarará
E não usa sabonete
E tarará

Ai meu Deus que coisa feia
E tararará... ''

De repente, estávamos todos cercados pelos nossos pais...

Nem preciso contar como tudo terminou.

Hoje fico a refletir, será que não fomos nós que inventamos o ''funk'' que a modernidade deturpou? Hahahahahaha



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Publicada no Recanto das Letras em 12/01/2012
Código do texto: T3436823


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O QUANTO SOU AMADA



O QUANTO SOU AMADA
De: Ysolda Cabral


Ontem nos reencontramos,
Da forma mais intensa,
E da maneira mais bonita.

Brincamos, dançamos, cantamos...

A emoção foi tanta
Que, ora o Sol abria,
E ora Chorava de tanto que sorria...

Tudo em nossa homenagem!

Eu sabia, eu sentia,
Eu vibrava de tanta alegria,
E, você correspondia...

Passando-me compreensão,
Carinho, aconchego,
E maravilhosas energias.

Agradecida lhe deixei.
Hoje, renovada acordei,
Sentindo a pele quente e bronzeada,
Constatei o quanto sou amada.

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Apenas uma curiosidade:

Interpretação é uma coisa interessante...




Na poesia acima, estou me referindo ao meu amor pelo mar e ao Amor de Deus por mim, pois apesar de morar bem próximo à praia, nunca mais havia ido até ela. Ontem fui e o dia estava lindo, um verdadeiro presente de Deus. De repente começou a chover forte. Corri pra dentro d'agua e nadei numa água quentinha de aconchegar. Em seguida o sol abriu e choveu novamente. Daí a relação - poética - que fiz na poesia sobre sorrir da lágrima cair.

E o sol, ao me ver tão feliz, sorriu de chorar ... Ou seja: a chuva caiu.

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Publicado no Recanto das Letras em 09/01/2012
Código do texto: T3430752

ALÉM DO HORIZONTE




ALÉM DO HORIZONTE
De: Ysolda Cabral


Quando me arrisco por caminhos,
Sem consultar a bússola,
Que existe em minha alma;
Erro o caminho e piso em espinhos.

Contudo na minha alma,
Também tem um Imã Poderoso.
Ele me puxa de volta,
Cuida dos meus ferimentos,
E novamente me solta.

Agradecida sigo sem hora,
Sem objetivo e sem destino.
De repente... Uma encruzilhada!
Desta feita consulto a bússola,
Sabendo que não estou errada.

Sei o caminho a seguir,
Por ele vou sem duvidar,
Certa de que além do horizonte,
A felicidade hei de encontrar.

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Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2012
Código do texto: T3423635

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

SÓSTENES FONSECA / GRANDE ESCRITOR E ATOR PERNAMBUCANO





O competente, inteligente e talentoso escritor e ator, pernambucano, natural de Caruaru, Sóstenes Fonseca, costuma repetir que, '' quanto mais conhece o ser humano, mais gosta do seu cachorro'', lamentando não ser de sua autoria a referida frase de sábia conclusão.

Começo a concordar...


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Na foto: Sóstenes com seu maravilhoso, lindo, puro e leal amigo Lennon.

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Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2012
Código do texto: T3421730

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AFINIDADE COM OS PÁSSAROS



AFINIDADE COM OS PÁSSAROS
De: Ysolda Cabral



Hoje o canto dos pássaros,
Está especialmente afinado.

- Ora, mais que bobagem!

Quando um pássaro,
Canta desafinado,
Em dias ensolarados?

- Nunca!

A não ser que amanheça nublado.
Mesmo assim isso não ocorre,
Pois ele simplesmente silencia,
Indo para um lugar ignorado.

Acho que também sou assim...
Quando o dia em mim é ensolarado;
Sorrio, falo pelos cotovelos,
E canto, um canto bem afinado.

Porém quando fecha, pesa...
Corro para dentro de minha alma,
Refugiando-me num Amigo Sábio,
Só Ele me entende e me acalma.

Hoje o tempo em mim está fechado,
Quando abrir... Ah, quando abrir!
Não haverá mais tristeza,
Decepção, indignação ou mágoa.
Nem lembrança ruim, nem espera vã...
E nem mais nada.

E a minha verdadeira poesia
Finalmente mostrará a sua cara.

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Publicado no Recanto das Letras em 03/01/2012
Código do texto: T3420408