NUM FINAL DE UMA TARDE QUALQUER
De: Ysolda Cabral
De: Ysolda Cabral
Há muito que não canto, nem encanto e desencantada ando. Claro que continuo olhando à vida com os olhos da poesia. Entretanto, eles choram mais que sorriem.
Há tanta coisa fora de lugar!
Há tanto sofrimento pairando no ar!
A gente recorre aos sonhos e só consegue sentir saudade de quando pensávamos que um dia eles seriam viáveis.
A juventude nos leva a tantos enganos!
Já a maturidade nos leva à insanidade e muitas vezes a atitudes inexplicáveis.
- Como contê-las?
- Como detê-las?
Estou insana, estou inexplicável, me sentindo dentro de um redemoinho sem forças para sair e cruzar a linha que me levará a paz desejada ou, ao fim do labirinto do nada.
Chega de tanta asneira, de tanta besteira, de tanto faz de conta sem sentido.
Ainda tenho muito pra viver...
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Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2012
Código do texto: T3461343
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