quinta-feira, 1 de julho de 2010

ATÉ NUM DIA DE DOMINGO



ATÉ NUM DIA DE DOMINGO
De: Ysolda Cabral



Não sei se por bondade, bobagem, falta de vergonha e/ou de caráter, ou ainda por completa insanidade; o fato é que, não consigo ter raiva de ninguém por muito tempo por mais que eu tenha sido magoada. Magoar magôo um bocado, consciente e inconscientemente também. Logo me arrependo, peço desculpas, fico sinceramente mortificada e com remorso não durmo por vários dias.

Há muito desisti de me entender e consertar. Entretanto, gosto de mim do jeito que sou. Sou super alegre, expansiva, alto astral... Quando gosto de uma pessoa abraço, beijo faço uma festa danada, até assusto as mais tímidas. E, quando isso acontece morro de dar risada.

Também não costumo ficar triste, depressiva, chateada, desencantada por muito tempo. Apenas o tempo suficiente para compor uma poesia, uma canção e logo volto inteira pro caminho, sem me preocupar muito com a direção. Ela sendo digna e honesta; é a direção certa.

Não me julgo melhor e nem pior que ninguém. Escrevo o que vem na cabeça, no coração e na alma de maneira simples e direta – com pouquíssimas metáforas. Não tenho preconceito, não discrimino ninguém, odeio gente mentirosa, ambiciosa, invejosa, que se “acha”, bem como prepotência e vaidade de qualquer natureza.

Sei que sou uma das mais imperfeitas criaturas que Deus neste mundo colocou, contudo, sou reconhecida a Ele pelo maior bem que me concedeu: O BEM DA VIDA, por ela dou Graças todos os dias, mesmo que esse dia seja um dia de domingo.

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Publicado no Recanto das Letras em 27/06/2010
Código do texto: T2344281