domingo, 23 de outubro de 2011

A COCA-COLA E EU




A COCA-COLA E EU
De: Ysolda Cabral





Nasci e me criei numa Rua de Caruaru-PE, onde havia uma fábrica da Coca-cola. Logo troquei o leite, os sucos e até mesmo a água pelo delicioso líquido.

Naquela ocasião o refrigerante era comercializado em pequenas garrafas, cujas tampas premiadas traziam os personagens de Walt Disney. Consegui formar várias coleções, inclusive, umas cinco só da Branca de Neve e os Sete Anões.

Por mais que mamãe e papai insistissem em proibir, eu sempre dava um jeito de nas minhas andanças de bicicleta, dar uma paradinha na fábrica.

Creio que sempre fui a primeira a perceber quando sua fórmula secreta era roubada e/ou adulterada. Isso em todas as ocasiões. Diziam ser coisa de uma concorrente, a qual queria tomar o seu lugar na preferência da meninada. Entretanto, todas às vezes o ''tiro saia pela culatra''.

E o resultado é que lá em casa todos passaram a adotar o refrigerante como o preferido para qualquer ocasião. Não só lá em casa, mais na maioria das casas onde existisse gente jovem e nos quatro cantos do planeta.

Já fizeram de tudo para que fosse inventado um refrigerante que superasse o sabor coca-cola. Como isso nunca foi possível começaram a difamá-la...

Que causava dependência – isso é verdade, uma vez que é gostosa demais - obesidade, flacidez, celulite, úlceras, pois ''comia'' o estômago e dava até câncer. Que era boa mesmo só pra desentupir pias e etc. e tal...

Sempre essas notícias chegaram até mim e ainda chegam.

Só que agora perdi, literalmente, a paciência e resolvi escrever sobre o assunto. Se estou fazendo propaganda, então estou. A Coca-cola merece!

Ela, em mim, até agora, não me causou nenhum mal.

Não tenho ulcera, nem flacidez, nem celulite e nem outra qualquer coisa proveniente do refrigerante em questão.

Tomo em média de dois a três litros de coca-cola diariamente há mais de meio século.

E, adoro a coca-zero, a qual com bolo de chocolate proporciona um equilíbrio perfeito.

E aí?! (Risos)

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Publicado no Recanto das Letras em 21/10/2011
Código do texto: T3289874