NÃO EXISTO
De: Ysolda Cabral
No parapeito da janela,
Entre as cortinas e sob raios de Sol,
Vejo a minha pequena hortelã forte e bela.
Sinto até o cheiro dela!
No meu peito,
Ansiedade e saudade – além da gripe.
Sinto-me frágil e triste.
Lá fora o dia está lindo,
Claro e tão nítido!
Sinto-me um mito...
E, se assim for,
Tudo está finalmente esclarecido,
Definitivamente definido:
Eu, simplesmente, não existo.
Apaziguada comigo; assino.
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Publicado no Recanto das Letras em 19/08/2010
Código do texto: T2446811