FLORES NA CALÇADA
De: Ysolda Cabral
Pelo chão, descoloridas e molhadas,
Formando tapete na calçada,
Flores precocemente despetaladas,
Pela angustiante e fria madrugada.
Com receio de pisá-las,
Fico parada a olhá-las.
E então o tempo pára.
- Como devo proceder...?!
Pisá-las me parece uma maldade.
Contorná-las é impossível!
E, como não sou pássaro...
O que devo fazer ?
De repente se desfaz a indecisão,
Percebo que o tempo realmente parou,
Parou para as flores caídas na calçada...
Para mim ainda não.
- Siga em frente, me diz a razão.
De cabeça erguida, pisando firme,
E sem nenhuma vacilação, obedeço,
Mesmo sentindo chorar meu coração.
De: Ysolda Cabral
Pelo chão, descoloridas e molhadas,
Formando tapete na calçada,
Flores precocemente despetaladas,
Pela angustiante e fria madrugada.
Com receio de pisá-las,
Fico parada a olhá-las.
E então o tempo pára.
- Como devo proceder...?!
Pisá-las me parece uma maldade.
Contorná-las é impossível!
E, como não sou pássaro...
O que devo fazer ?
De repente se desfaz a indecisão,
Percebo que o tempo realmente parou,
Parou para as flores caídas na calçada...
Para mim ainda não.
- Siga em frente, me diz a razão.
De cabeça erguida, pisando firme,
E sem nenhuma vacilação, obedeço,
Mesmo sentindo chorar meu coração.
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Publicado no Recanto das Letras em 28/01/2011
Código do texto: T2757411